Decidi escrever um pouco sobre quem são as minhas fontes de inspiração quando o meu cérebro começa a dizer “não” , mas o corpo implora por um “sim”.
Estas fontes de inspiração devem servir não só para o treino (seja ele de musculação , cardio, etc) como também para todos os aspetos da nossa vida.
Então e quais podem ser as nossas fontes de inspiração ?
Podem ser amigos , familiares ou conhecidos que tenham ultrapassado grandes problemas de saúde ao longo da sua vida (escolho a saúde porque ela é o epicentro da razão porque todos nós treinamos) , ou que tenham falecido devido a descuidos no tratamento da sua própria saúde.
Vou dar exemplos das minhas 2 grandes inspirações:
- O meu pai: porque começou desde cedo com problemas de saúde graves e nunca teve nenhum cuidado na sua alimentação e actividade física.
O resultado desta falta de cuidado com a sua saúde traduziu-se numa degradação física e mental com particular ênfase nos anos de 2013 e 2014. Estes 2 anos guardo com muito pouca saudade, não só pelo sofrimento dele mas também pelo estado de absoluta fadiga em que eu e a minha mãe andámos, com idas diárias ao Hospital de S.José.
O meu pai foi dado como “em estado terminal” durante o ano de 2014 mas sofreu muito, chegando ao ponto de já nem sequer me reconhecer. Faleceu no dia 28 de Novembro de 2014.
A sua morte fez um “click” na minha cabeça e pensei: “Eu não quero acabar a minha vida assim, nem quero me transformar num peso para a minha família”. Nesse mesmo dia fiz a promessa que iria reiniciar a minha atividade física em 2015.
- A minha tia: porque era a minha segunda mãe e passou por uma doença prolongada terrível, mas que nunca a impediu de estar sempre a sorrir.
A minha “segunda mãe” foi ao meu casamento em Outubro de 1999 e faleceu em Dezembro de 1999, i.e., aguentou-se com forças sobre-humanas , cheia de dores, mas sempre sorrindo até ao meu casamento e 2 meses depois partiria….
E como eu uso estas 2 fontes de inspiração ? Simples: uma pela noção do que pode acontecer a quem sofre de problemas de saúde e nada faz para melhorar a sua condição fisica e outra pelo sorriso de quem estava sempre em agonia.
Quando estou nos meus treinos penso sempre: “Não quero acabar como o meu pai !” ou “Quem sou eu para me queixar quando a minha tia sempre sorriu perante a maior das adversidades ?”.
Por isso recomendo que usem sempre as vossas fontes de inspiração e lembrem-se delas sempre que começam a fraquejar ou arranjar “desculpas” para não treinar e sobretudo nunca dizer a palavra “nunca”………
Um bem haja com muita saúde para todos os guerreiros e nunca se esqueçam que vocês próprios são de certeza fontes de inspiração para quem vos rodeia !
CRONISTA INTERNO GONÇALO RIO